Eu preciso de um livro.
Seria bom se todo mundo pudesse ler.
Gosto muito de ler. Livros, latas, rótulos, bulas, tudo!
Quem gosta também vai sentir a empatia nessas frases.
Ele está lá, coitado, julgado pela capa como dizem...
Enfim ele te conquista e vai se mostrando, cada página virada uma surpresa. As letras vão se montando palavras e se desenvolvem frases. De repente você está imerso na história, nos lugares, personagens.
Viram uma dupla, o leitor e o que é lido. Tá não chega assim a ser um caso de amor, tipo amado e amante, bem... pelo menos nem sempre.
Por vezes eles são realmente previsíveis, mas dai serve usar daquela máxima da Lisbela, é essa mesmo do prisioneiro, quando explica que o importante não é saber o que acontece, mas como e quando acontece.
O leitor e o lido por um tempo são fiéis um ao outro. No ônibus ou antes de dormir, no banheiro e onde mais sobrar minutinhos para se encontrarem.
Mas dai o volume das páginas restantes vai diminuindo, e vai chegando a hora do parceiro livro partir.
Do véu final da história se rasgar.
Dá um nó dentro do peito... se despedir do companheiro. Mas a hora chega e fatalmente acontece.
E lá se foi mais um companheiro, passaporte e professor.
E os olhos que percorriam as páginas retornam para o mundo real, percorrem as pessoas e paisagens cotidianas, não mais da mesma forma, algo novo foi retido.
E esse olhos se preparam para buscar por outro companheiro, passaporte, professor.
É... definitivamente eu preciso de um livro!
Mari Valadão
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